Olhando profundamente o semblante insípido da atual geração me frustro e me enojo incessantemente. Por mais distintos e variados que sejam os prismas vislumbro o mesmo preocupante ângulo. Num futuro não muito distante...
O que sobrará?
Honestamente. Existe no mais profundo emaranhado da humanidade, réstia de esperança? Não quero parecer pessimista, velho, chato ou pedante, mas o que nos sobra? O que temos de valioso, em termos de luta e conquista?
Estão nos privando de toda, qualquer e solitária liberdade. Liberdade em seu estado bruto. Liberdade no viver, no agir, no falar, no ver e ouvir. Liberdade conquistada! Puramente. Não a liberdade vazia do “direito de escolha”, gritada por vozes que sequer conseguem levantar-se do sofá.
Foram plantadas sementes ocas, em um solo queimado, sujo e cansado. Brotam espécimes diferentes e absolutamente semelhantes simultaneamente. Fracas, imunes e coagidas. Um jardineiro cruel.
Observe. Você não escolhe o que come. Você não escolhe o que veste. Você não escolhe o que pensa. Você não escolhe o que ouve. Você não escolhe seu candidato. Você não escolhe seu programa favorito. Você não escolhe sua mentira, muito menos sua verdade.
Você é resultado do enorme bombardeio informativo que confunde até os mais atentos. Você é conseqüência de anos de controle sociológico. Você é um cavalo fraco, que ruma sem destino guiado apenas pelo tímido horizonte oferecido pelo cabresto.
Veja. Banalizada foi até mesmo a loucura, o vício. Quem cheira uma carreira, acende um baseado ou se afoga em álcool pelo simples prazer? Pelo dom da viagem? Por crença espiritual? Bobagem. Hoje, a loucura é sintética. Transformada em pílulas, carregadas por herdeiros mimados e “carentes” em suas artificiais “baladas”. Sinônimo de diversão.
Pra quem?
Não sabem se estão se divertindo. Humilham-se, rebolam, pintam e bordam pela necessidade de inclusão nos padrões xucros criados por reles publicitários, roteiristas e diretores. Padrões esses, abraçados pela juventude mais vazia e abstrata de toda a existência.
Ídolos, exemplos?
Bem... Esses por sua vez vestem marcas que exploram o trabalho escravo e infantil em países que não aparecem estampados em seu comercial. Muito menos em seu mapa-múndi. Esses por sua vez modificam seu corpo em busca da perfeição delimitada e apontada por quem? Esses por sua vez transam com o maior número de seres possíveis. Esses por sua vez usam diamantes financiados pela guerra civil que mata milhares no continente Africano.
“Esses” quem?
Quem você quer ser quando crescer?
Com sorte, será alguém que no íntimo do seu inconsciente enxergue num lampejo, que é oriundo de uma prole sem causa, sem guerra, sem questionamento, sem vontade, sem prazer, sem loucura, sem sensatez. Sem nada!
E como a ignorância alimenta!
O vazio!
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
domingo, 2 de novembro de 2008
Primeira linha. Eu voltei.
Cansado fisicamente, ocioso psiquíca e emocionalmente.
Já faz algum tempo em que não paro para digitar sentimentos que me assolam e habitam meu interior. Tenho escrito somente textos técnicos com suas infinitas e absurdas normas, que me privam da liberdade da escrita. E que prazeroso é discorrer da minha maneira. Sem padrão, regra ou qualquer outro aspecto que possa me limitar. Eu sou cada palavra.
Depois do desabafo, voltemos. Nesse período de ausência sinto que pouca - sendo otimista - coisa mudou. Ou, quem sabe, tenha mudado tão depressa que eu mal me dei conta.
Refém do maldito relógio. Nenhuma surpresa.
Foi uma sessão longa, tenebrosa e acima de tudo: dolorosa. As coisas estão se encaixando, de maneira instável e ligeiramente confusas. Como de costume. Confesso que perdi o jeito com as palavras enquanto elas me esperavam por meses a fio. Está complicado encaixar os termos da maneira empírica que eu costumava fazer. Um sinal de que de fato, alguma coisa mudou em velocidade assombrosa.
Passei por experiências e testes mentais que me fortaleceram e me fizeram enxergar o que realmente importa, na minha concepção, obviamente. Essas batalhas me ajudaram a separar o joio do trigo, arduamente. Temo ter envelhecido algumas décadas em certos meses. O tempo é impiedoso.
Hoje, algumas pessoas que outrora tinham certa relevância na minha existência não fazem sequer parte do meu cenário cotidiano. Muitos por escolha de quem vos escreve, alguns por peso das atuais circunstâncias. Em contrapartida, para suprir essas "ausências" novas faces fazem parte do meu dia-a-dia, e a regra anterior serve também para elas.
Dizer se isso é bom ou ruim é se preciptar em meio a adequação de uma nova estrutura. Estrutura essa, montada através do alicerce antigo que não sucumbiu - e nem irá. Maus hábitos ficaram para trás formando a pilha de entulhos que se faz presente em toda obra. Não é fácil contudo, enterrá-los rapidamente. É preciso cautela e sapiência para que eles afundem e não retornem nem com a erosão do solo.
Tenho aprendido, mesmo que de maneira subjetiva/sublimar, ao meu ver. E isso fica claro nos dejà-vus que me defrontam em diversas, inúmeras e constantes ocasiões. O que passou, o que passa e o que passará. Clichê, mas com encaixe cirúrgico nessa feita. Ainda assim pratico da incoerência. Cometo erros que usualmente cometia, por vaidade e orgulho. Um ponto a ser observado mais atentamente nessa reforma.
Minha visão - queira entender também como uma parte do meu alicerce, para mantermos a coesão - sobre o mundo e quem o povoa, habita e destrói porém, não mudou em um caractere sequer. E algumas coisas ainda me enojam. Já é comum. Tão comum como a futilidade e busca de uma identidade vazia para cada indíviduo. Sim, quem tem o poder necessita de mentes vazias para entúpi-las de ideais egoístas e singulares. Os dejetos vem de todos os lados e formas através da grotesca e sufocante Indústria Cultural. Impercepítivel para quem trabalha em função dela. Cegos e "felizes" operários.
Falando nisso, Outubro passado foi o mês das eleições municipais. Época que traz à tona preconceitos estúpidos(perdão pela redundância) que não se absterão tão cedo do que nos foi imposto há décadas. Criamos uma nação analfabeta politicamente falando. Eu rio tristonhamente, pois a classe pobre odeia a si própria e expurga gritos contra seus pseudo-representantes. Do outro lado, o rico adota o mesmo discurso(como não poderia ser diferente)! Serei claro sem citar qualquer partido político: não existe mais movimento esquerdista no Brasil. Então "democratas" comemorem comendo chuchu, que tem o mesmo gosto de seus intelectuais candidatos.
Não deveria existir divisão social. Mas sem ela como sobreviveríamos sem iPhone, Chandon, Daslu, Gisele Bundchen, Audi e Big Brother?
Não gostaria de ter chego a esse estágio, mas ele se faz necessário se estamos falando de mim. E eu precisava vomitar isso em algum espaço. E isso me tirou o tesão.
Derradeira linha.
Cansado fisicamente, ocioso psiquíca e emocionalmente.
Já faz algum tempo em que não paro para digitar sentimentos que me assolam e habitam meu interior. Tenho escrito somente textos técnicos com suas infinitas e absurdas normas, que me privam da liberdade da escrita. E que prazeroso é discorrer da minha maneira. Sem padrão, regra ou qualquer outro aspecto que possa me limitar. Eu sou cada palavra.
Depois do desabafo, voltemos. Nesse período de ausência sinto que pouca - sendo otimista - coisa mudou. Ou, quem sabe, tenha mudado tão depressa que eu mal me dei conta.
Refém do maldito relógio. Nenhuma surpresa.
Foi uma sessão longa, tenebrosa e acima de tudo: dolorosa. As coisas estão se encaixando, de maneira instável e ligeiramente confusas. Como de costume. Confesso que perdi o jeito com as palavras enquanto elas me esperavam por meses a fio. Está complicado encaixar os termos da maneira empírica que eu costumava fazer. Um sinal de que de fato, alguma coisa mudou em velocidade assombrosa.
Passei por experiências e testes mentais que me fortaleceram e me fizeram enxergar o que realmente importa, na minha concepção, obviamente. Essas batalhas me ajudaram a separar o joio do trigo, arduamente. Temo ter envelhecido algumas décadas em certos meses. O tempo é impiedoso.
Hoje, algumas pessoas que outrora tinham certa relevância na minha existência não fazem sequer parte do meu cenário cotidiano. Muitos por escolha de quem vos escreve, alguns por peso das atuais circunstâncias. Em contrapartida, para suprir essas "ausências" novas faces fazem parte do meu dia-a-dia, e a regra anterior serve também para elas.
Dizer se isso é bom ou ruim é se preciptar em meio a adequação de uma nova estrutura. Estrutura essa, montada através do alicerce antigo que não sucumbiu - e nem irá. Maus hábitos ficaram para trás formando a pilha de entulhos que se faz presente em toda obra. Não é fácil contudo, enterrá-los rapidamente. É preciso cautela e sapiência para que eles afundem e não retornem nem com a erosão do solo.
Tenho aprendido, mesmo que de maneira subjetiva/sublimar, ao meu ver. E isso fica claro nos dejà-vus que me defrontam em diversas, inúmeras e constantes ocasiões. O que passou, o que passa e o que passará. Clichê, mas com encaixe cirúrgico nessa feita. Ainda assim pratico da incoerência. Cometo erros que usualmente cometia, por vaidade e orgulho. Um ponto a ser observado mais atentamente nessa reforma.
Minha visão - queira entender também como uma parte do meu alicerce, para mantermos a coesão - sobre o mundo e quem o povoa, habita e destrói porém, não mudou em um caractere sequer. E algumas coisas ainda me enojam. Já é comum. Tão comum como a futilidade e busca de uma identidade vazia para cada indíviduo. Sim, quem tem o poder necessita de mentes vazias para entúpi-las de ideais egoístas e singulares. Os dejetos vem de todos os lados e formas através da grotesca e sufocante Indústria Cultural. Impercepítivel para quem trabalha em função dela. Cegos e "felizes" operários.
Falando nisso, Outubro passado foi o mês das eleições municipais. Época que traz à tona preconceitos estúpidos(perdão pela redundância) que não se absterão tão cedo do que nos foi imposto há décadas. Criamos uma nação analfabeta politicamente falando. Eu rio tristonhamente, pois a classe pobre odeia a si própria e expurga gritos contra seus pseudo-representantes. Do outro lado, o rico adota o mesmo discurso(como não poderia ser diferente)! Serei claro sem citar qualquer partido político: não existe mais movimento esquerdista no Brasil. Então "democratas" comemorem comendo chuchu, que tem o mesmo gosto de seus intelectuais candidatos.
Não deveria existir divisão social. Mas sem ela como sobreviveríamos sem iPhone, Chandon, Daslu, Gisele Bundchen, Audi e Big Brother?
Não gostaria de ter chego a esse estágio, mas ele se faz necessário se estamos falando de mim. E eu precisava vomitar isso em algum espaço. E isso me tirou o tesão.
Derradeira linha.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Análise da Mensagem - RALP
Na peça em questão o anunciante – SESC SP Consolação – se vale das linguagens verbais e não-verbais para atingir seu público-alvo, através da mídia impressa, canal esse, que agrega durabilidade e credibilidade à mensagem.
O público em questão é aquele que possui intelectualmente maior capacidade de discernimento e interesse pela arte, especificamente tratando, o teatro, e o seu gênero mais antigo: a comédia. Por isso também a escolha pelo material impresso: o target não é tão popular a ponto de se massificar o anúncio em mídias de grande impacto, como a televisão, por exemplo.
Os códigos verbais da mensagem podem ser observados nos títulos, nomes de diretores, autores, e do espetáculo em si, permitindo fácil compreensão aos amantes dos palcos. Não-verbalmente é fácil notar ao fundo da frente do anúncio a máscara do riso, característica da comédia no teatro, bem como o número 7 utilizado intencionalmente por se tratar da sétima edição do evento e pela presença de 7 autores e 7 diretores em um único ciclo. A intenção do emissor é trazer à tona a tradicionalidade de obras consagradas para uma linguagem moderna em seu conteúdo, utilizando formas de expressão claras como seu logotipo e o horário, local e data do espetáculo.
Para a eficiência na comunicação são utilizados ainda os signos através dos símbolos: máscara de riso e nomes de 7 grandes autores de peças teatrais. Aprofundando, a máscara remete ao riso inteligente e sofisticado da comédia teatral, empregando semelhança entre o signo(máscara) e seu referente(comédia); aliado ao indicial de que os espetáculos apresentados são já reconhecidos como grandes obras, garantindo implicitamente, a satisfação do público. Informações que ficam talhadas no pressuposto desde que a mensagem seja recebida por seu público específico. Se ela for absorvida por um leigo “teatralmente” falando, as mesmas informações ficam subentendidas.
Lembrando ainda que as funções utilizadas na comunicação passam desde a referência de uma situação(risos), até a poética, pelo apelo estético apresentada no flyer.
Angélica Deganello
Cibele Palacio
Felipe Spada
Felipe Mascarenhas
Gabriela Bandeira
Thiago Gentil
Sabrina Moreira
Comunicação Mercadológica – Segundo Semestre Noturno
terça-feira, 17 de junho de 2008
Universo Privativo
Longe de tudo. Diferente e complexo. Distante da diversão. Paralelo às celebrações e comemorações. Sem motivo para estourar champanhe, para viajar, para curtir a "balada", para sorrir cega e friamente em fotografias, para ter centenas de amigos, para ouvir a música da moda, para vestir os trajes da estação, para cortejar as mais fúteis vagabundas não-registradas na CLT.
Não.
Aqui o espaço é pequeno. Os passos são calculados apesar de incertos. Aqui, as fotografias estão no lado direito do cérebro. Aqui, entram apenas irmãos. Aqui, bebe-se por prazer. Aqui, respira-se e transpira-se a mais pura realidade. Aqui, a dor é o conflito. A dúvida é esperança. Aqui, vê-se alma e espírito. Aqui, as batidas são pesadas, o compasso lento, a melodia triste, a letra intensa. Aqui, preza-se a lealdade.
Sim.
Compartilhamos o mesmo mundo. Diferentes são os sentidos, os trejeitos, preocupações, ideais e responsabilidades. Ossos do ofício. Mas pergunte-se: "Que maldito ofício"? Meu ofício... Relatar as feridas da minha fragmentalidade. A cura? Não tenho. Espalho palavras como um grito de socorro que ecoam no vazio da imensidão. Sem retorno.
Não.
Conectado ao sistema mais desconexo já existente. Sociedade. Valores e costumes. Tradição... Se esvaíram pra qual dos milhares buracos? Jazem em quais das imensuráveis lápides? Sepultamento coletivo. Sepultamento vazio. Não obstante ao caos que circunda ilhas de prazer efêmero. Dorme-se num quarto com paredes altas, sem janelas. Mas ainda assim ouve-se as lágrimas caindo do céu, e aliadas ao sopro da desigualdade se tornarão um furacão. Forte o bastante para espalhar peles de cordeiro, e revelar os lobos...
Sim.
Contexto do meu universo privativo. Máscara da imbecilidade popular. Arrogância? Talvez. Loucura? Possivelmente. Mas, lembre-se... Aqui, você é voyeur. Voyeur de sua própria ignorância. Abstinência cultural, banquete mainstriníaco. Não fará diferença. Um clique e retornarás ao seu mundo... Lembre-se apenas de se desconectar. Se for possível.
Imagem: M.C. Escher - Hell
Não.
Aqui o espaço é pequeno. Os passos são calculados apesar de incertos. Aqui, as fotografias estão no lado direito do cérebro. Aqui, entram apenas irmãos. Aqui, bebe-se por prazer. Aqui, respira-se e transpira-se a mais pura realidade. Aqui, a dor é o conflito. A dúvida é esperança. Aqui, vê-se alma e espírito. Aqui, as batidas são pesadas, o compasso lento, a melodia triste, a letra intensa. Aqui, preza-se a lealdade.
Sim.
Compartilhamos o mesmo mundo. Diferentes são os sentidos, os trejeitos, preocupações, ideais e responsabilidades. Ossos do ofício. Mas pergunte-se: "Que maldito ofício"? Meu ofício... Relatar as feridas da minha fragmentalidade. A cura? Não tenho. Espalho palavras como um grito de socorro que ecoam no vazio da imensidão. Sem retorno.
Não.
Conectado ao sistema mais desconexo já existente. Sociedade. Valores e costumes. Tradição... Se esvaíram pra qual dos milhares buracos? Jazem em quais das imensuráveis lápides? Sepultamento coletivo. Sepultamento vazio. Não obstante ao caos que circunda ilhas de prazer efêmero. Dorme-se num quarto com paredes altas, sem janelas. Mas ainda assim ouve-se as lágrimas caindo do céu, e aliadas ao sopro da desigualdade se tornarão um furacão. Forte o bastante para espalhar peles de cordeiro, e revelar os lobos...
Sim.
Contexto do meu universo privativo. Máscara da imbecilidade popular. Arrogância? Talvez. Loucura? Possivelmente. Mas, lembre-se... Aqui, você é voyeur. Voyeur de sua própria ignorância. Abstinência cultural, banquete mainstriníaco. Não fará diferença. Um clique e retornarás ao seu mundo... Lembre-se apenas de se desconectar. Se for possível.
Imagem: M.C. Escher - Hell
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Ainda estou aqui. Minha mente gira de maneira tão veloz que mal consigo distinguir as cores no espaço. Pouca coisa mudou. Diferente só a folha do calendário.
Embriagado na relatividade. Temeroso em relação ao tempo. Os fatos que me ocorrem devem servir para alguma coisa... Ou não. A gelada precisão dos ponteiros me assombra. Quantas voltas até que eu aprenda?
Me vem à tona uma cena fantástica que acompanhei enquanto flertava com o controle remoto. O filme pouco importa, é irrelevante no momento, mas uma pequena fábula apresentada por um dos personagens resume espantosamente bem, a confusão que toma conta de mim.
Durante a Idade Média, em um pequeno vilarejo de camponeses, habitava um senhor pobre que de bem "material" possuía apenas um cavalo. Em uma sórdida manhã, ele se levanta, vai até o estábulo e nota que o animal saíra em fuga. A vizinhança sente pena do velho: "Como a vida é injusta... Seu único bem se foi... Que desgraçado é o senhor". Ele tranquilamente, respondeu: "Talvez sim... Talvez não".
Dois dias se passam, o cavalo retorna trazendo consigo 20 éguas. "Que sortudo o senhor! Está rico! És abençoado!". Com a mesma calma e compostura, replicou: "Talvez sim... Talvez não".
Uma semana depois, seu único filho caí do mesmo cavalo num passeio infeliz. E fica aleijado. "Como a vida é injusta... Seu filho está praticamente morto. Que desgraçado é o senhor!". O velho homem diz: "Talvez sim... Talvez não."
No dia seguinte, uma guerra estoura contra uma vila vizinha. Todos os moradores mandam seus filhos para o combate. Incapacitado o jovem paraplégico fica. "Que sortudo é o senhor! Todos perdemos nossos filhos, menos você! És abençoado!".
"Talvez sim... Talvez não".
Cedo para entregar os pontos. Sem dúvida. A sabedoria me parece um dom. Mas, quem sabe seja uma habilidade a ser desenvolvida. Reconfortante. Uma vasta gama de desejos, ambições, traumas e perdas estão atreladas a mim. Necessário apenas é, descobrir quando dar ou recolher corda à cada uma delas.
Escolhas e chances. Esses são os ingredientes substanciais da vida. Armazenar ciência para acertar nas emaranhadas escolhas. E chances para recuperação nos derradeiros erros.
Talvez sim... Talvez não.
Embriagado na relatividade. Temeroso em relação ao tempo. Os fatos que me ocorrem devem servir para alguma coisa... Ou não. A gelada precisão dos ponteiros me assombra. Quantas voltas até que eu aprenda?
Me vem à tona uma cena fantástica que acompanhei enquanto flertava com o controle remoto. O filme pouco importa, é irrelevante no momento, mas uma pequena fábula apresentada por um dos personagens resume espantosamente bem, a confusão que toma conta de mim.
Durante a Idade Média, em um pequeno vilarejo de camponeses, habitava um senhor pobre que de bem "material" possuía apenas um cavalo. Em uma sórdida manhã, ele se levanta, vai até o estábulo e nota que o animal saíra em fuga. A vizinhança sente pena do velho: "Como a vida é injusta... Seu único bem se foi... Que desgraçado é o senhor". Ele tranquilamente, respondeu: "Talvez sim... Talvez não".
Dois dias se passam, o cavalo retorna trazendo consigo 20 éguas. "Que sortudo o senhor! Está rico! És abençoado!". Com a mesma calma e compostura, replicou: "Talvez sim... Talvez não".
Uma semana depois, seu único filho caí do mesmo cavalo num passeio infeliz. E fica aleijado. "Como a vida é injusta... Seu filho está praticamente morto. Que desgraçado é o senhor!". O velho homem diz: "Talvez sim... Talvez não."
No dia seguinte, uma guerra estoura contra uma vila vizinha. Todos os moradores mandam seus filhos para o combate. Incapacitado o jovem paraplégico fica. "Que sortudo é o senhor! Todos perdemos nossos filhos, menos você! És abençoado!".
"Talvez sim... Talvez não".
Cedo para entregar os pontos. Sem dúvida. A sabedoria me parece um dom. Mas, quem sabe seja uma habilidade a ser desenvolvida. Reconfortante. Uma vasta gama de desejos, ambições, traumas e perdas estão atreladas a mim. Necessário apenas é, descobrir quando dar ou recolher corda à cada uma delas.
Escolhas e chances. Esses são os ingredientes substanciais da vida. Armazenar ciência para acertar nas emaranhadas escolhas. E chances para recuperação nos derradeiros erros.
Talvez sim... Talvez não.
domingo, 27 de abril de 2008
DJ Pooh feat. Kam, Charlie Wilson & Roger Troutman - No Idea
[ Charlie Wilson ]
Você não faz idéia
[ Roger Troutman ]
(Você não faz idéia)
[ Charlie Wilson ]
Do que estou pensando
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
(Você não faz idéia)
[ VERSO 1: KAM ]
Quanto mais eu terei de aguentar?
Eu estou totalmente só num mundo enlouquecedor
Irmãos indo mal
Eu tinha sonhos e esperanças, mas parecia que ninguém se importava
Quem diz que a vida é justa? Porquê não existe justiça em nenhum lugar
Eu me preparo pra enfrentar o tribunal bem aqui nas ruas
Não chega em mim sem "b.s." mano, me dá espaço
Eu não posso dormir, ter paz e silêncio, ou repousar
Eu tenho úlceras, enxaquecas e dores no meu peito
Então que Deus abençõe minha alma, eu me sinto velho quando não sou
Mas física e mentalmente eu estou envelhecendo muito
Eu sei que meu tempo nesse grande balão azul é curto
Me estresso e rezo todos os dias enquanto pessoas praticam esporte
Me preocupo doentiamente, então eu tento me manter ativo
Mas a morte está me parecendo cada vez mais atrativa
Senhor tenha piedade. Porquê eu? eu sei que Você não comete erros
Mas olhe para o que os irmãos aqui embaixo estão fazendo por Sua causa
[ Charlie Wilson ]
Você não faz idéia
[ Roger Troutman ]
(Você não faz idéia)
[ Charlie Wilson ]
Do que estou pensando
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
(Você não faz idéia)
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
Encarar desafios e aflições
[ Roger Troutman ]
(Tanto estresse, desafios e aflições)
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
mas você não desiste
[ Charlie Wilson ]
É tão ruim isso aqui
Os jovens matando os jovens
Isso é horrível, me deixa triste
Você não suspeita
Você não têm idéia
[ Charlie Wilson ]
Você não faz idéia
[ Roger Troutman ]
(Você não faz idéia)
[ Charlie Wilson ]
Do que estou pensando
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
(Você não faz idéia)
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
Não há justiça para ninguém
[ Roger Troutman ]
(Não há justiça para ninguém)
(Você não sabe que isso está me deixando louco)
[ Charlie Wilson/Roger Troutman ]
Você não faz idéia do que estou pensando
[ VERSO 2: KAM ]
Não pense que eu sou feliz neggo, só porquê você me vê fazendo dinheiro
Mas sinceramente o estresse faz minha cabeça girar
E eu só estou tentando ser gentil, eu tive uma noite terrível
Não quero ver amigos até eu chegar a uma conclusão
Eu tenho problemas o suficiente, e isso está destruindo minha saúde
Eu continuo colocando minha família e amigos em primeiro lugar
Quando eu sou o único que precisa de ajuda, mas tenho muito orgulho pra pedir por isso
Quando houver alguma coisa errada comigo, vocês serão os últimos a saberem
Pois eu não mostro isso, eu guardo e sofro sozinho
A paciência é uma mãe
Desafios e aflições, é assim que começam minhas lições
Sou sobrepujado pela morte e pelas impressões dos homens
Eu estou tentando superar esses obstáculos que me deparam
Com esposa, filhos, trabalho, religião e meus parceiros nas ruas
Eu cresci de maneira muito rápida, sinto-me numa armadilha
E eu simplesmente estou pronto pra atirar
[ Charlie Wilson ]
Você não faz idéia
[ Roger Troutman ]
(Você não faz idéia)
[ Charlie Wilson ]
Do que estou pensando
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
(Você não faz idéia)
[ Roger Troutman ]
(Eu não consigo encontrar meu fim)
[ Charlie Wilson ]
O que podemos fazer?
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
(O que podemos fazer?)
[ Roger Troutman ]
(O que podemos fazer?)
[ Roger Troutman ]
(Bêbes adolescentes)
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
(Bêbes adolescentes)
[ Charlie Wilson ]
Fazendo bêbes
[ Roger Troutman ]
(Ajuda do governo, yeah, yeah,)
[ Charlie Wilson ]
Não recebi nenhum cheque
[ Charlie Wilson/Roger Troutman ]
Você não faz idéia do que estou pensando
[ Roger Troutman ]
(Profundamente no meu coração)
Réplica
Ninguém pode sentir sua dor. Verdade. Mas em alguns casos, alguém pode descrevê-la de maneira precisa. E num embate a reflexão assola sua mente, você se vê de frente com um espelho e percebe que apesar de se sentir só num universo fútil, falso e hipócrita alguém transformou dor e desesperança em arte.
Você não faz idéia.
[ Charlie Wilson ]
Você não faz idéia
[ Roger Troutman ]
(Você não faz idéia)
[ Charlie Wilson ]
Do que estou pensando
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
(Você não faz idéia)
[ VERSO 1: KAM ]
Quanto mais eu terei de aguentar?
Eu estou totalmente só num mundo enlouquecedor
Irmãos indo mal
Eu tinha sonhos e esperanças, mas parecia que ninguém se importava
Quem diz que a vida é justa? Porquê não existe justiça em nenhum lugar
Eu me preparo pra enfrentar o tribunal bem aqui nas ruas
Não chega em mim sem "b.s." mano, me dá espaço
Eu não posso dormir, ter paz e silêncio, ou repousar
Eu tenho úlceras, enxaquecas e dores no meu peito
Então que Deus abençõe minha alma, eu me sinto velho quando não sou
Mas física e mentalmente eu estou envelhecendo muito
Eu sei que meu tempo nesse grande balão azul é curto
Me estresso e rezo todos os dias enquanto pessoas praticam esporte
Me preocupo doentiamente, então eu tento me manter ativo
Mas a morte está me parecendo cada vez mais atrativa
Senhor tenha piedade. Porquê eu? eu sei que Você não comete erros
Mas olhe para o que os irmãos aqui embaixo estão fazendo por Sua causa
[ Charlie Wilson ]
Você não faz idéia
[ Roger Troutman ]
(Você não faz idéia)
[ Charlie Wilson ]
Do que estou pensando
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
(Você não faz idéia)
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
Encarar desafios e aflições
[ Roger Troutman ]
(Tanto estresse, desafios e aflições)
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
mas você não desiste
[ Charlie Wilson ]
É tão ruim isso aqui
Os jovens matando os jovens
Isso é horrível, me deixa triste
Você não suspeita
Você não têm idéia
[ Charlie Wilson ]
Você não faz idéia
[ Roger Troutman ]
(Você não faz idéia)
[ Charlie Wilson ]
Do que estou pensando
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
(Você não faz idéia)
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
Não há justiça para ninguém
[ Roger Troutman ]
(Não há justiça para ninguém)
(Você não sabe que isso está me deixando louco)
[ Charlie Wilson/Roger Troutman ]
Você não faz idéia do que estou pensando
[ VERSO 2: KAM ]
Não pense que eu sou feliz neggo, só porquê você me vê fazendo dinheiro
Mas sinceramente o estresse faz minha cabeça girar
E eu só estou tentando ser gentil, eu tive uma noite terrível
Não quero ver amigos até eu chegar a uma conclusão
Eu tenho problemas o suficiente, e isso está destruindo minha saúde
Eu continuo colocando minha família e amigos em primeiro lugar
Quando eu sou o único que precisa de ajuda, mas tenho muito orgulho pra pedir por isso
Quando houver alguma coisa errada comigo, vocês serão os últimos a saberem
Pois eu não mostro isso, eu guardo e sofro sozinho
A paciência é uma mãe
Desafios e aflições, é assim que começam minhas lições
Sou sobrepujado pela morte e pelas impressões dos homens
Eu estou tentando superar esses obstáculos que me deparam
Com esposa, filhos, trabalho, religião e meus parceiros nas ruas
Eu cresci de maneira muito rápida, sinto-me numa armadilha
E eu simplesmente estou pronto pra atirar
[ Charlie Wilson ]
Você não faz idéia
[ Roger Troutman ]
(Você não faz idéia)
[ Charlie Wilson ]
Do que estou pensando
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
(Você não faz idéia)
[ Roger Troutman ]
(Eu não consigo encontrar meu fim)
[ Charlie Wilson ]
O que podemos fazer?
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
(O que podemos fazer?)
[ Roger Troutman ]
(O que podemos fazer?)
[ Roger Troutman ]
(Bêbes adolescentes)
[ Yolanda Harris/Shirley Murdoch ]
(Bêbes adolescentes)
[ Charlie Wilson ]
Fazendo bêbes
[ Roger Troutman ]
(Ajuda do governo, yeah, yeah,)
[ Charlie Wilson ]
Não recebi nenhum cheque
[ Charlie Wilson/Roger Troutman ]
Você não faz idéia do que estou pensando
[ Roger Troutman ]
(Profundamente no meu coração)
Réplica
Ninguém pode sentir sua dor. Verdade. Mas em alguns casos, alguém pode descrevê-la de maneira precisa. E num embate a reflexão assola sua mente, você se vê de frente com um espelho e percebe que apesar de se sentir só num universo fútil, falso e hipócrita alguém transformou dor e desesperança em arte.
Você não faz idéia.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Diamante de Sangue
Ficha Técnica
Título: Diamante de Sangue
Título Original: Blood Diamond
Gênero: Drama
País/Ano: EUA/2006
Diretor: Edward Zwick
Produção: Edward Zwick, Paula Weinstein, Darrell Roodt, Graham King, Marshall Herskovitz
Roteiro: Charles Leavitt, C. Gaby Mitchell
Estúdio: Warner Bros.
Distribuição: Warner Home Vídeo
Duração: 138 min
Data Cinema: 05/01/2007
Elenco: Jennifer Connelly, Leonardo DiCaprio, Stephen Collins, Benu Mabhena, Ntare Mwine, Djimon Hounsou, David Harewood
Sinopse: No país africano Serra Leoa, na década de 90, o filme acompanha a história de Danny Archer (Leonardo DiCaprio), um mercenário sul-africano, e o pescador Solomon Vandy (Djimon Hounsou). Apesar de terem nascido no mesmo continente, têm histórias completamente diferentes, mas seus destinos são unidos por conta da busca por um raro diamante cor-de-rosa. Com a ajuda de Maddy Bowen (Jennifer Connelly), uma jornalista norte-americana, eles embarcam numa perigosa jornada em meio ao instável território.
Ponderações
O longa Diamante de Sangue aborda importantes segmentos que transformaram o mundo através dos conceitos neo-liberalistas.
Esses ficam por muito, encobertos pela temática Hollywoodiana, que sempre se vale de rostos conhecidos, explosões, paixões, heróis e obviamente o arrebatador triunfo norte-americano.
Apesar disso, é uma boa pedida. Excelentes atuações e ótima fotografia dão o tom.
Falarei nessa feita sobre alguns pontos sócio/político/ecônomicos/históricos apontados pela película de maneira exemplar:
Desemprego Estrutural
No caso referido ficam claros os problemas de desemprego estrutural sofridos na África. Por se tratar de um continente altamente explorado e possuir diversas riquezas naturais(marfim, ouro, petróleo, diamantes) a economia sofre com a instabilidade, afetando diretamente o emprego da mão-de-obra para o trabalho de mineração e extração desses recursos. O mau-uso na captação e no retorno dos lucros com a exportação traz uma evidente e assustadora desigualdade. Por outro lado, frentes revolucionárias nacionalistas tentam da sua maneira, lutar se valendo também, de seus valores e interesses particulares. Gera-se então, uma disputa de interesses entre governo e rebeldes. O “cidadão-comum” fica entre o fogo cruzado da guerra civil.
Globalização da Economia
Um dos fatores cruciais que levam à desigualdade social. Na África, o Estado têm seu poder reduzido, ou quase extinto. As fronteiras praticamente já não existem levando diamantes ilegais de Serra Leoa à Libéria, onde ali através de manobras “financeiras” se tornam legais e são enviados para a Europa, onde podem ser vendidos de maneira limpa. Nesse processo os diamantes por hora são escondidos a fim de manter os altos preços para venda e consumo e ampliar o mercado e seus concorrentes. É um processo excludente e que marginaliza. A exploração é feita na África onde a mão-de-obra é barata ou escrava, o transporte livre entre os continentes, a avaliação das pedras na Europa e a venda como produto final na América, principal consumidor de diamantes. O setor é controlado por um pequeno grupo que reinveste dentro de seu próprio segmento, concentrando e centralizando o mesmo através de outros grupos que não resistem à concorrência.
Dimensão Tecnológica
O conceito de dimensão tecnológica é aplicado pelos rebeldes da FRU no treinamento de soldados-mirins. São torturados psicologicamente, educados e instruídos a lutar só e somente pela causa extremista; aprendem a usar armamento pesado de maneira crua, isentando a responsabilidade dos mesmos sobre os riscos que causam a terceiros e a si próprios.
G-8
O grupo dos países mais ricos do mundo tem participação passiva no que diz respeito ao comércio ilegal de diamantes. Visto que os EUA são o maior consumidor de diamantes do mundo não seria inteligente ou lucrativo interferir de maneira ativa na prosperidade do negócio. Apenas quando os fatos são escancarados na mídia, e a participação de grandes investidores desmascaradas é tomada uma medida contra o comércio dos diamantes de sangue.
Desnível de Nações e Tensões Políticas
Evidentemente o lado mais explorado pelo longa. É notável a diferença grotesca entre países Africanos, Europeus e os EUA principalmente. Enquanto milhares morrem numa disputa política/econômica pelo controle do comércio ilegal de diamantes, do outro lado do mundo o consumismo impera de maneira ostensiva. A conseqüência gira em torno de um país quase desabrigado por completo, guerra-civil, soldados-mirins e exploração do meio-ambiente. É necessário observar também os objetivos e modo de vida dos Africanos. Pescadores e agricultores vivem de maneira quase que precária em aldeias, as poucas crianças que tem a oportunidade de estudo, caminham quilômetros para chegar à escola, e sofrem violência psicológica gerada pelos conflitos sociais. Por outro lado, a guerra tem pouco valor para o “resto do mundo” se o mercado for abastecido com os diamantes. Os políticos fazem “vista-grossa” desde que seus interesses sejam alcançados. Notam-se principalmente as manobras corruptas do exército sul-africano, que vende armas para rebeldes de Serra Leoa, e mais tarde os combate pela parte “limpa” da política.
sexta-feira, 21 de março de 2008
Insônia.
Eu tenho milhares de páginas em branco esperando que eu discorra. E o que há a ser escrito? Eu simplesmente não durmo. Estranho.
Qual o problema do travesseiro? Briguei com esse milenar instrumento de repouso. E ele, por incrível que pareça está ensandecido comigo. Como sou teimoso e orgulhoso não tentarei fazer as pazes. Muito menos pedirei desculpas. Claro, ele é quem não faz o papel dele, oras!
Tento fechar os olhos e penso porque não consigo dormir. E pensando nisso fico em alerta! Intrigante, não? Não, de fato.
Alguém me arruma um sonífero?
A noite não permite me confortar. Talvez deva ser um trauma infantil. Sinceramente não sei, perguntarei a minha genitora. Quando ela acordar...
Procuro pelo sono, mas perdi esse maldito há alguns milhares de dias. Já pedi a São Longuinho. Meu olhos não pesam nem com três pulinhos! Rimou! E meu relógio ainda não despertou. De novo! Parei, pareço bobo...
Quero dormir porra! O silêncio é ensurdecedor e me assusta.
Enquanto isso, alguns estão morrendo, outros nascendo... Aliás... Esse é um processo tenebroso. Um círculo vicioso. Eu me pergunto como é possível apenas um de nós, carne e pó definir conceitos, razões, motivos, julgamentos, preconceitos, enfim... Uma série infindável de ignorância e um pouco de conhecimento. É preciso conhecer o mínimo ao menos para ser ignorante, visto que se não tens conhecimento não saberás o que é um ignorante. Na verdade alguns são ignorantes e não se dão conta disso, e por isso elegem um ignorante para comandar milhares de ignorantes que desprezam o conhecimento. Traduzo como futilidade e egoísmo.
Talvez a consciência seja uma maldição. Ou um dom. Um dom renegado pela maioria. Falo apenas por conhecimento da minha ignorância. Tente fazer o mesmo e pare de amaldiçoar atos, pessoas e destino. Sé é que o destino existe... Provalmente seja uma massa de modelar. Com seus movimentos, apertões e treino ela é transformada. A forma é sua escolha.
Já se foram alguns caracteres, e nem um mísero bocejo foi dado. A noite já morreu, o dia está brotando. E eu?
Eu continuo imaginando. Imaginando a que horas dormirei. Quem sabe eu já esteja dormindo agora e acabe por acordar em algum sonho.
Não sei o quanto isso me afeta, e me tira dias de vida. Tentarei enxergar o lado bom... Dormindo eu estaria desperdiçando algumas horas. Certo! Na verdade eu não creio que seja válido dormir para despertar na mesma velha e desgastada rotina.
Prefiro o imponderável e as incertezas da noite. Ótimo é viver com certezas. Até elas se corroerem pela erosão metafísica. Vivo buscando as certezas. Mas o que é certo e incerto, se o futuro é a descoberta?
Nunca se sabe. E é óbvio que nunca se saberá o que você se recusa a descobrir. A vida é pautada por regras. Eu sou a exceção.
Bom dia!
Eu tenho milhares de páginas em branco esperando que eu discorra. E o que há a ser escrito? Eu simplesmente não durmo. Estranho.
Qual o problema do travesseiro? Briguei com esse milenar instrumento de repouso. E ele, por incrível que pareça está ensandecido comigo. Como sou teimoso e orgulhoso não tentarei fazer as pazes. Muito menos pedirei desculpas. Claro, ele é quem não faz o papel dele, oras!
Tento fechar os olhos e penso porque não consigo dormir. E pensando nisso fico em alerta! Intrigante, não? Não, de fato.
Alguém me arruma um sonífero?
A noite não permite me confortar. Talvez deva ser um trauma infantil. Sinceramente não sei, perguntarei a minha genitora. Quando ela acordar...
Procuro pelo sono, mas perdi esse maldito há alguns milhares de dias. Já pedi a São Longuinho. Meu olhos não pesam nem com três pulinhos! Rimou! E meu relógio ainda não despertou. De novo! Parei, pareço bobo...
Quero dormir porra! O silêncio é ensurdecedor e me assusta.
Enquanto isso, alguns estão morrendo, outros nascendo... Aliás... Esse é um processo tenebroso. Um círculo vicioso. Eu me pergunto como é possível apenas um de nós, carne e pó definir conceitos, razões, motivos, julgamentos, preconceitos, enfim... Uma série infindável de ignorância e um pouco de conhecimento. É preciso conhecer o mínimo ao menos para ser ignorante, visto que se não tens conhecimento não saberás o que é um ignorante. Na verdade alguns são ignorantes e não se dão conta disso, e por isso elegem um ignorante para comandar milhares de ignorantes que desprezam o conhecimento. Traduzo como futilidade e egoísmo.
Talvez a consciência seja uma maldição. Ou um dom. Um dom renegado pela maioria. Falo apenas por conhecimento da minha ignorância. Tente fazer o mesmo e pare de amaldiçoar atos, pessoas e destino. Sé é que o destino existe... Provalmente seja uma massa de modelar. Com seus movimentos, apertões e treino ela é transformada. A forma é sua escolha.
Já se foram alguns caracteres, e nem um mísero bocejo foi dado. A noite já morreu, o dia está brotando. E eu?
Eu continuo imaginando. Imaginando a que horas dormirei. Quem sabe eu já esteja dormindo agora e acabe por acordar em algum sonho.
Não sei o quanto isso me afeta, e me tira dias de vida. Tentarei enxergar o lado bom... Dormindo eu estaria desperdiçando algumas horas. Certo! Na verdade eu não creio que seja válido dormir para despertar na mesma velha e desgastada rotina.
Prefiro o imponderável e as incertezas da noite. Ótimo é viver com certezas. Até elas se corroerem pela erosão metafísica. Vivo buscando as certezas. Mas o que é certo e incerto, se o futuro é a descoberta?
Nunca se sabe. E é óbvio que nunca se saberá o que você se recusa a descobrir. A vida é pautada por regras. Eu sou a exceção.
Bom dia!
terça-feira, 11 de março de 2008
quinta-feira, 6 de março de 2008
Dez anos
Estou confuso... Onde isso começou, quando vai terminar? Devo ter esperanças? Não importa. Anos, semanas, dias, segundos. Irrelevante e desnecessário entender. Convivo com a mesma dor em diferentes datas, de diferentes maneiras.
Quanto mais eu devo aguentar? Vinte e um anos de vida e sinto como se tivesse percorrido o mesmo caminho escuro, tenebroso e incerto por diversas gerações.
Eu me pergunto, talvez num inerte e rápido surto... Onde estarei em dez anos? Como? Com quem? Da forma correta? Devo acreditar no futuro vivendo todos os dias da maneira mais dolorosa? A única forma que conheço.
Contraditório como sempre... Ainda carrego esperança, até que eu deixe de respirar. Não tenho certezas. Não sei se estou sendo julgado ou cumprindo pena. A Justiça não é do Homem. Minha alma implora por socorro, num beco de medo e loucura.
Me vejo numa bagunçada redoma, paranóica e muito, muito real. O filme é sempre o mesmo, porém ainda não enxergo o final. Um sonho inacabado. Não sei de quanto tempo mais precisarei pra descobrir e compreender as razões para eu estar aqui. Essa deve ser minha sentença.
Sou imperfeito, diferente e a cada dia mais humano, na minha concepção da palavra. Estou sucumbindo às armadilhas, ameaças e truques do ser-mundano.
Ezquizofrênico, vejo imagens de traição. Rompi a barreira do real e surreal. Verdadeiro desde o princípio afogado em fantasias e profecias. Sinto que mais cedo ou mais tarde serei traído por um confidente. Posso atrair tal hipótese, mas em contra-partida meu coração sempre foi certeiro.
Dez anos. Até lá meu discurso mudará e estarei pleno, seguro e certo; Apesar de todos os erros. Sobreviverei abraçado à minha fé. Traumas da existência serão regenerados.
Uma década.
Quanto mais eu devo aguentar? Vinte e um anos de vida e sinto como se tivesse percorrido o mesmo caminho escuro, tenebroso e incerto por diversas gerações.
Eu me pergunto, talvez num inerte e rápido surto... Onde estarei em dez anos? Como? Com quem? Da forma correta? Devo acreditar no futuro vivendo todos os dias da maneira mais dolorosa? A única forma que conheço.
Contraditório como sempre... Ainda carrego esperança, até que eu deixe de respirar. Não tenho certezas. Não sei se estou sendo julgado ou cumprindo pena. A Justiça não é do Homem. Minha alma implora por socorro, num beco de medo e loucura.
Me vejo numa bagunçada redoma, paranóica e muito, muito real. O filme é sempre o mesmo, porém ainda não enxergo o final. Um sonho inacabado. Não sei de quanto tempo mais precisarei pra descobrir e compreender as razões para eu estar aqui. Essa deve ser minha sentença.
Sou imperfeito, diferente e a cada dia mais humano, na minha concepção da palavra. Estou sucumbindo às armadilhas, ameaças e truques do ser-mundano.
Ezquizofrênico, vejo imagens de traição. Rompi a barreira do real e surreal. Verdadeiro desde o princípio afogado em fantasias e profecias. Sinto que mais cedo ou mais tarde serei traído por um confidente. Posso atrair tal hipótese, mas em contra-partida meu coração sempre foi certeiro.
Dez anos. Até lá meu discurso mudará e estarei pleno, seguro e certo; Apesar de todos os erros. Sobreviverei abraçado à minha fé. Traumas da existência serão regenerados.
Uma década.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Auto-descoberta. Auto-conhecimento. Pra você, que não é capaz. Vou te mostrar a verdade em algumas linhas. Linhas imutáveis.
Sacramentado.
Profetizado, tudo vai piorar. Marionetes, bonecos de ventríloco, inúteis, peso-morto. Cópias, fraudes, rótulos ambulantes. Lembre-se, lixo.
Compras na Daslú, lavagem de dinheiro. Desprezo ao camelô, quem é falsificado? Cegamente, promovem e distribuem a desigualdade. Pagam o tour de verão dos filhos de políticos, empresários, multimilionários. Tiram a verba da educação e da saúde, dos desprovidos de sucesso capitalista. Que brincam na terra.
Degradam o meio-ambiente. Comem fast-food, produtos transgênicos. Improdutividade do solo, sem esmola pra agricultor, temem a reforma agrária. Viciam as crianças com o expurgo pútrido da televisão. Esqueçam a cultura, destruam os livros! E foda-se a história...
Stress, procurem um terapeuta. Enxerguem a própria fragilidade e falta de identidade. Tome mais um Prozac, filho-da-puta.
Escritórios encarpetados, móveis planejados, ar-condicionado. É seu habitat. Agora sinta o sol bater no esgoto, inale o odor promovido pelo seu descaso. Sinta o calor da telha Brasilit cozinhando uma criança, abafada em 5 metros quadrados.
Decrete a pena de morte! Condene os traficantes. Seu filho agora não mais irá cheirar, enquanto curte a Micareta, enquanto curte a balada. Interne-o numa clínica, ele sofre de carência afetiva. Desculpa inválida para menores em FEBENS, orfanatos. Eles não tem um pai pra buscar conselhos. Certo?
Vocês me enojam.
Sua igreja tortura. Sua igreja promove o preconceito. Sua igreja acoberta a pedofilia. Já diria seu padre no Faustão: "Erguei as mãos!". Isso é um assalto, roubaram sua alma.
Sua lágrima cai quando a tragédia é veiculada pela mídia. Sua lágrima cai numa eliminação do BBB. Sua lágrima cai no último capítulo da novela das oito. Emoções manipuláveis. E a nação continua genocida.
Eu trago as más notícias, sempre te manterei informado. Não me agradeça.
Sacramentado.
Profetizado, tudo vai piorar. Marionetes, bonecos de ventríloco, inúteis, peso-morto. Cópias, fraudes, rótulos ambulantes. Lembre-se, lixo.
Compras na Daslú, lavagem de dinheiro. Desprezo ao camelô, quem é falsificado? Cegamente, promovem e distribuem a desigualdade. Pagam o tour de verão dos filhos de políticos, empresários, multimilionários. Tiram a verba da educação e da saúde, dos desprovidos de sucesso capitalista. Que brincam na terra.
Degradam o meio-ambiente. Comem fast-food, produtos transgênicos. Improdutividade do solo, sem esmola pra agricultor, temem a reforma agrária. Viciam as crianças com o expurgo pútrido da televisão. Esqueçam a cultura, destruam os livros! E foda-se a história...
Stress, procurem um terapeuta. Enxerguem a própria fragilidade e falta de identidade. Tome mais um Prozac, filho-da-puta.
Escritórios encarpetados, móveis planejados, ar-condicionado. É seu habitat. Agora sinta o sol bater no esgoto, inale o odor promovido pelo seu descaso. Sinta o calor da telha Brasilit cozinhando uma criança, abafada em 5 metros quadrados.
Decrete a pena de morte! Condene os traficantes. Seu filho agora não mais irá cheirar, enquanto curte a Micareta, enquanto curte a balada. Interne-o numa clínica, ele sofre de carência afetiva. Desculpa inválida para menores em FEBENS, orfanatos. Eles não tem um pai pra buscar conselhos. Certo?
Vocês me enojam.
Sua igreja tortura. Sua igreja promove o preconceito. Sua igreja acoberta a pedofilia. Já diria seu padre no Faustão: "Erguei as mãos!". Isso é um assalto, roubaram sua alma.
Sua lágrima cai quando a tragédia é veiculada pela mídia. Sua lágrima cai numa eliminação do BBB. Sua lágrima cai no último capítulo da novela das oito. Emoções manipuláveis. E a nação continua genocida.
Eu trago as más notícias, sempre te manterei informado. Não me agradeça.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Retaliação
Quanto vale uma palavra verdadeira? Seja ela de ódio, de amor, de paixão, de coléra, de esperança, de rancor...?
A resposta está em você mesmo. Simplesmente em você. No que você é. É como se fosse um filtro psicológico, que separa o que lhe convém, e o que não lhe é (supostamente) útil.
Seguindo esse conceito que idealizei, sentemos. Puxe uma cadeira. Não tenha medo. Você, que me julga, que me julgou. Você, que me rotula. Você que tenta me limitar. Somos apenas nós! Fique à vontade. Quero apenas sua atenção, um breve momento a sós, viajando através dos caracteres.
Sinta.
Tenho plena consciência da minha imperfeição, dos meus defeitos. Dos meus erros. Sei quem sou, sei do meu processo evolutivo. O que me trouxe até aqui. A esse estágio. E onde você estava durante essa síntese? Divagando ao relento, como de costume. Perdeu a melhor parte do filme... não conhece o script! Na verdade ele é ilusório, é sua prisão mental. O confinamento do seu pobre pensamento.
Te apresento minha vida. Eu caí, eu apanhei, fui humilhado. Levantei, me recuperei, estou de pé.
Poucos me estenderam a mão. Uma pessoa me carregou quando eu desconhecia minha capacidade, enquanto eu brincava, inocentemente. Mãe, a lua que ilumina minha estrada.
Aprendi a diferenciar. Obrigado! Vejo a falsidade tatuada na alma de alguns. Sou verdadeiro por
essência, e por necessidade. As mentiras, alienadas as máscaras e cordas que as atrelavam não foram fortes o suficiente. Efeito contrário.
Olhe nos meus olhos.
Que meus pecados sejam perdoados, não renego nenhum deles. Minha cara está aqui, pode bater, não esquivarei. Que meus êxitos fiquem marcados, que sejam reconhecidos. Tardiamente, até. Mas isso não cabe a você. Não lhe serve.
Sou o espelho do seu interior. A visão do seu coração. Cada vez que fazes um julgamento, ele é
baseado em ti! Nos seus valores, sejam eles quais forem. Faça uma profunda auto-análise, enxergue-se. Desista de vestir em mim sua carapuça, de frustração, arrependimento e medo.
Interprete como quiser. Traga um exorcista, ou me dê asas para que eu possa finalmente, tocar o céu. A seu encargo.
Agora, levante-se e não olhe pra trás. Fim de papo. Eu agradeço pelo insight. E que isso jamais se repita.
A resposta está em você mesmo. Simplesmente em você. No que você é. É como se fosse um filtro psicológico, que separa o que lhe convém, e o que não lhe é (supostamente) útil.
Seguindo esse conceito que idealizei, sentemos. Puxe uma cadeira. Não tenha medo. Você, que me julga, que me julgou. Você, que me rotula. Você que tenta me limitar. Somos apenas nós! Fique à vontade. Quero apenas sua atenção, um breve momento a sós, viajando através dos caracteres.
Sinta.
Tenho plena consciência da minha imperfeição, dos meus defeitos. Dos meus erros. Sei quem sou, sei do meu processo evolutivo. O que me trouxe até aqui. A esse estágio. E onde você estava durante essa síntese? Divagando ao relento, como de costume. Perdeu a melhor parte do filme... não conhece o script! Na verdade ele é ilusório, é sua prisão mental. O confinamento do seu pobre pensamento.
Te apresento minha vida. Eu caí, eu apanhei, fui humilhado. Levantei, me recuperei, estou de pé.
Poucos me estenderam a mão. Uma pessoa me carregou quando eu desconhecia minha capacidade, enquanto eu brincava, inocentemente. Mãe, a lua que ilumina minha estrada.
Aprendi a diferenciar. Obrigado! Vejo a falsidade tatuada na alma de alguns. Sou verdadeiro por
essência, e por necessidade. As mentiras, alienadas as máscaras e cordas que as atrelavam não foram fortes o suficiente. Efeito contrário.
Olhe nos meus olhos.
Que meus pecados sejam perdoados, não renego nenhum deles. Minha cara está aqui, pode bater, não esquivarei. Que meus êxitos fiquem marcados, que sejam reconhecidos. Tardiamente, até. Mas isso não cabe a você. Não lhe serve.
Sou o espelho do seu interior. A visão do seu coração. Cada vez que fazes um julgamento, ele é
baseado em ti! Nos seus valores, sejam eles quais forem. Faça uma profunda auto-análise, enxergue-se. Desista de vestir em mim sua carapuça, de frustração, arrependimento e medo.
Interprete como quiser. Traga um exorcista, ou me dê asas para que eu possa finalmente, tocar o céu. A seu encargo.
Agora, levante-se e não olhe pra trás. Fim de papo. Eu agradeço pelo insight. E que isso jamais se repita.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
No Help
[Z-Ro]
Não venha me procurar, porque eu não preciso de
Outro amigo gordo, com um truque na manga
Agindo como se realmente fosse meu mano, mas ele tá atrás do meu dinheiro
Vocês me deixam sem ar, sai andando e me deixa respirar
Eu me lembro quando vocês não me chamavam pra queimar um baseado
Agora que eu tô rimando, você me vê e pede pra eu acender um
Imaginando que você poderia descolar um VIP e entrar na faixa
Mas Joseph McVey é compania o suficiente pra mim
Querem colar comigo pois estou colando com o alto escalão
Vocês não me queriam por perto quando eu estava por baixo
Eu com meus panos simples, e vocês de Louis Vatone
Rindo e apontando pro mano, tentando acabar com minha diversão
Por usar ''the millenium'', ou dinheiro por tonelada
Vocês não me ajudaram a ascender, eu o fiz por conta própria
Foda-se se você me mostrou amor, eu não te mostrei nada(vocês não precisam fazer isso)
Não cola em nenhum dos meus shows, ou não compra nenhuma das minhas fitas
Pois que porra eu deveria ajudar? Eu continuarei real
Quanto menos malucos me cercando, melhor eu me concentro
Quando eu te encarar de frente, ou abrir meu colete
Pode ser o dia da sua morte, vire-se pro seu lado
Não acertamos as contas, eu acho que é melhor você voltar atrás
Antes do cemitério, fique onde possa achar a si mesmo
Então dá no pé, e feche a porta depois de sair
Eu não preciso de amigos, eu não preciso de comédia
A única coisa que preciso é da ajuda do bom Deus
Tentando seguir em frente, mas filhos-da-puta gritem mais alto
Pois eu vou manter a real, eles vão se manter falsos
Cento e vinde dois por cento são reais comigo
Ao invés de manter os manos na espera, pegue o ferro comigo
Posso fazer maldade com intensidade, então me esfrio com calor(fodam-se todos vocês)
[Refrão]
Eu não preciso de ajuda parceiro, eu posso fazer merda sozinho
E eu não preciso de compania mina... pára de ligar no meu celular
Quando eu estava na pior ninguém colava comigo
Eu não sou ninguém, até que eu possa brilhar
Então enquanto meu dinheiro durar eu não preciso da compania de ninguém
Me deixe só, como você fez da última vez
[Trae]
Eu sou um Asshole, e eu não quero parecer rude
Mas eu não me importo com nenhum de vocês
Vocês tentaram odiar um mano resistente, há um tempo atrás
Pra começar, fodam-se cada um de vocês
Eu serei solitário por opção, sozinho com minha cromada
Esse filhos-da-puta brincam, a vida é tão falsa
Eu espio o jogo para o T(Texas)
Porque eu não quero que ninguém capture um mano dormindo na avenida
E por outro lado, só para fazer a situação piorar
Eu sinto, eles querem me colocar na cova.
E eu não estou pronto para partir, estou com as minhas costas direcionadas contra a parede
Com uma 9mm, prestes a abrir fogo
Aquele mesmo e velho esquema, com um amigo ou um inimigo
Empacote as suas merdas e saia já pela porta
Não têm jeito, vocês putos querem fazer parte da minha vida
ABN é tudo o que eu sei
Você pode tentar o que quiser, mas eu não vou falhar
Olha pra mim agora e pra toda merda que eu vendi
Meu som ecoa dos porta-malas de costa-a-costa
E pra todos que duvidaram disso, vão pro inferno
As vezes estou certo, as vezes errado
E eu quero que se foda, pois estou no meu lugar
E esse ódio que você sente só serve pra manter o mano forte
Então eu gosto desse sentimento quando deixo vocês sozinhos
[Refrão]
[Trae]
Vocês devem pensar que eu me esqueci de quando estava na merda
Falido, todos riam pra caramba
Agora que o jogo virou eu vejo a fraude
E você sabe que vê o Trae prestes a explodir com tudo
Porque eu não acredito em vocês
Me dá 50 passos antes de eu apavorar vocês
Sai de perto pra eu não foder contigo
Pra ser sincero eu sou alérgico ao seu tipo
Asshole pra vida, até o mano voar
Maluco não pára é melhor você vazar
E pras vadias, parem de ligar no meu celular
A única coisa que vocês sabem fazer é mentir
[Z-Ro]
Porque vocês todos querem roubar.. querem furtar, isso não é real
Eu nem vou dar muita atenção a vocês, pois não conseguirão me matar
Estou farto de ver tanto sangue no campo de batalha
E mesmo que eu esteja cansado, ainda continuo subindo a escada
As palavras de ninguém irão me ferir, mesmo que me façam de sobremesa
Continuarei escavando e bebendo um drink quando estiver com sede
Os filhos-da-puta não merecem estar em minha posição
Então aparecem com uns papos afeminados, nem sequer me incomodam
Eu sou um Gangsta, não preciso de nenhum maluco me classificando
Se estou em perigo, não preciso de ninguém para me salvar
Constantemente perdendo a calma, como faz meu parceiro Trae
Eu vou cuidar dos meus negócios, ninguém fará isso por mim
[Refrão - 2X]
Tradução: Realest e Luis $trol
Quando choro.
Quando choro, eu sinto minha alma se desfragmentar. Pedaços de mim, perdidos em algum lugar. Em alguma situação, em algum momento. Efeitos, de uma causa ainda não descoberta. Da angústia que toma conta de mim.
Nada pode medir o peso de cada lágrima derramada. Nem a balança mais precisa, ou qualquer outro instrumento criado pelo homem. É como se eu estivesse preso numa armadilha, e a cada sutil movimento seja mais difícil de escapar.
Não sei quando isso vai acabar, não sei porquê, ou quando começou. Um drama que travo sozinho, em meus pensamentos e sentimentos. Sou meu próprio confidente, ninguém pode me ouvir, exceto Deus. Sempre presente. Aguardo meu julgamento.
Talvez seja um presságio, do meu fim. De como tudo irá acabar. Eu vejo milhares de faces, ouço dezenas de vozes. Ninguém me vê chorar, ninguém me ouve gritar. Não aprendi a confiar, nem a acreditar nas pessoas. As que tenho, são eternas e suficientes pra me manter ativo. Até que o relógio pare.
Vivo em constante busca sob meu papel, minha relevância. Caminho sozinho por um corredor de incertezas, dor e mágoas. Meu calor ainda não é intenso o bastante pra derreter as lágrimas congeladas na minha face.
Não tenho inspiração. Sou movido por tudo que enfraquece meu corpo e espírito. Pesadelos psicológicos. Longe de sonhar, distante do sono. Sufocado e abalado por circunstâncias que não se dissipam. Desejo um vento forte para desfazer a neblina e me fazer enxergar um caminho, livre.
Apenas mais uma noite não dormida. Só mais um relato, eternizado. Espero pelo amanhecer.
Nada pode medir o peso de cada lágrima derramada. Nem a balança mais precisa, ou qualquer outro instrumento criado pelo homem. É como se eu estivesse preso numa armadilha, e a cada sutil movimento seja mais difícil de escapar.
Não sei quando isso vai acabar, não sei porquê, ou quando começou. Um drama que travo sozinho, em meus pensamentos e sentimentos. Sou meu próprio confidente, ninguém pode me ouvir, exceto Deus. Sempre presente. Aguardo meu julgamento.
Talvez seja um presságio, do meu fim. De como tudo irá acabar. Eu vejo milhares de faces, ouço dezenas de vozes. Ninguém me vê chorar, ninguém me ouve gritar. Não aprendi a confiar, nem a acreditar nas pessoas. As que tenho, são eternas e suficientes pra me manter ativo. Até que o relógio pare.
Vivo em constante busca sob meu papel, minha relevância. Caminho sozinho por um corredor de incertezas, dor e mágoas. Meu calor ainda não é intenso o bastante pra derreter as lágrimas congeladas na minha face.
Não tenho inspiração. Sou movido por tudo que enfraquece meu corpo e espírito. Pesadelos psicológicos. Longe de sonhar, distante do sono. Sufocado e abalado por circunstâncias que não se dissipam. Desejo um vento forte para desfazer a neblina e me fazer enxergar um caminho, livre.
Apenas mais uma noite não dormida. Só mais um relato, eternizado. Espero pelo amanhecer.
Desprogramando
Falarei nessa feita, da variedade proporcionada pelas emissoras televisivas e o que veiculam.
Porém, se torna uma tarefa árdua e "injusta" a escolha de um programa ou atração específica para se assistir(ou comentar, no caso), portanto, farei uma breve síntese de alguns dos cânceres televisivos:
Dias úteis
Novelas: Qualquer uma, de qualquer emissora. Fruto mais antigo e talvez o mais atenuante para a alienação em massa. Graças a elas foram criados estereótipos dos mais diversos tipos: ricos entediados, mulheres burras e gostosas, uma negra doméstica, etc. Corrói e adota a libertinagem como causa. Tenta maquiar preconceitos arraigados na sociedade como homossexualismo, raça, e claro diferenças sócio-econômicas. Apresenta a mesma fórmula desde sua criação, e de alguma forma tudo sempre acaba "bem". O que convenhamos, é um desvirtuamento grotesco em relação a realidade do nosso povo.
Malhação: Segue os mesmos padrões noveleiros. A diferença é a periodicidade. Essa merda está no ar há mais de uma década sem interrupção, e atinge o público que supostamente teria capacidade de intervenção futura: jovens de classe média/alta. Porém, e infelizmente atinge com muita força as classes mais baixas. Dita o que adolescentes devem ouvir, vestir, e como devem agir. "O clima é de azaração", essa é a frase da chamada. São criados romances impossíveis e o enredo é baseado em um casal. Cria padrões fúteis e destrói movimentos culturais "independentes".
Jornal Nacional: Tornou-se o telejornal de maior credibilidade do Brasil. "Apareceu no Jornal Nacional, é verdade." Através desse pensamento a Rede Globo manipulou as eleições presidenciais que levaram Collor ao poder. Na época, foram mostrados números falsos de pesquisas "boca-de-urna" e feita uma campanha explícita para a vitória do mesmo. Depois de diversos escândalos a própria emissora liderou o movimento de "impeachment". Move a política nacional até hoje e determina o poder público.
Brasil Urgente e afins: Atinge grande parte dos trabalhadores, público em sua grande parte masculino. O formato é sempre o mesmo: mostram tragédias chocantes, sempre há um helicóptero no ar na busca por flagrantes, e exploram vítimas potenciais através de um falso-moralista(vide Datena) cujo discurso segue a tendência auto-destrutiva: "ladrão têm que morrer", "cadeia neles" e etc.
Mais Você e semelhantes: Principais responsáveis pela "destruição em massa" de donas-de-casa. Ana Maria Braga virou um ícone de sofisticação "erudita", ou seja, passa a imagem de uma mulher sábia, e intelectual, que transmite mensagens motivacionais(?) que mais parecem frase de "biscoitos da sorte". Mistura diversos temas, desde fofocas sobre famosos até aulas de como dançar no mastro como uma prostituta(antes marginalizadas).
Progamas de fofoca: Um tipo que destrói qualquer capacidade de dicernimento cultural. Fundamentado em mostrar bastidores, e revelar gostos e peculiaridades de "artistas". Sensacionalista ao extremo e sem utilidade alguma. Não merece mais uma linha.
Reality Shows: O tipo mais preocupante. Atinge todo e qualquer público, afinal, a maioria da população está em casa durante a exibição desse tipo de programa. Totalmente manipulável, domina de forma abrupta as famílias. Existe no Brasil há quase dez anos e aparentemente não haverá interrupção tão cedo. A idéia de que aquilo é a "realidade" aguça a curiosidade, e é onde as pessoas enxergam uma as outras como "iguais". As ilhas de edições porém, criam personagens de maneira subliminar. O público se sente envolvido e responsável pelo andamento do programa, mas não faz a mínima idéia dos motivos que o leva a acompanhar algo tão falso e distorcido. Além disso, cria novos "artistas" do tipo Siri, Diego Alemão, Kléber Bam-Bam, Graziela Mazaferra(é isso?), e PEDRO BIAL.
Finais-de-semana
Programas de auditório: Esses dominam há mais de 20 anos. E a fórmula sempre foi a mesma. Lançam cantores, dão "oportunidade" a anônimos com alguma "habilidade" em especial, e claro, desvendam segredos de famosos. A disputa pela audiência é covarde, e para a conquista da mesma tudo é exibido. Mulheres semi-nuas são o cenário-vivo, ou servem para apresentar algum produto. Os anfitriões dão nova "vida" a pessoas de classe baixa, os levando para a cidade natal, reconstruindo casas e doando dinheiro se valendo de lágrimas e sofrimento de maneira sensacionalista. Faustão e Gugu são os ícones e já criaram jargões que estão na boca do público.
Fantástico: Na minha opinião o mais hipócrita. O programa-fantasia, carro-chefe da Rede Globo. Adota um formato ultra-moderno, com cenário e outrora apresentadores virtuais. É uma mistura que transmite pouca, ou nenhuma credibilidade. Em um momento é veiculada uma matéria investigativa, na sequência mostra um paraíso tropical onde milionários passam férias. Isso resume tudo sobre essa "revista eletrônica".
Finalizando. Levante-se de sua poltrona desligue o seu aparelho televisor, e simultaneamente destrua seu controle-remoto mental.
Porém, se torna uma tarefa árdua e "injusta" a escolha de um programa ou atração específica para se assistir(ou comentar, no caso), portanto, farei uma breve síntese de alguns dos cânceres televisivos:
Dias úteis
Novelas: Qualquer uma, de qualquer emissora. Fruto mais antigo e talvez o mais atenuante para a alienação em massa. Graças a elas foram criados estereótipos dos mais diversos tipos: ricos entediados, mulheres burras e gostosas, uma negra doméstica, etc. Corrói e adota a libertinagem como causa. Tenta maquiar preconceitos arraigados na sociedade como homossexualismo, raça, e claro diferenças sócio-econômicas. Apresenta a mesma fórmula desde sua criação, e de alguma forma tudo sempre acaba "bem". O que convenhamos, é um desvirtuamento grotesco em relação a realidade do nosso povo.
Malhação: Segue os mesmos padrões noveleiros. A diferença é a periodicidade. Essa merda está no ar há mais de uma década sem interrupção, e atinge o público que supostamente teria capacidade de intervenção futura: jovens de classe média/alta. Porém, e infelizmente atinge com muita força as classes mais baixas. Dita o que adolescentes devem ouvir, vestir, e como devem agir. "O clima é de azaração", essa é a frase da chamada. São criados romances impossíveis e o enredo é baseado em um casal. Cria padrões fúteis e destrói movimentos culturais "independentes".
Jornal Nacional: Tornou-se o telejornal de maior credibilidade do Brasil. "Apareceu no Jornal Nacional, é verdade." Através desse pensamento a Rede Globo manipulou as eleições presidenciais que levaram Collor ao poder. Na época, foram mostrados números falsos de pesquisas "boca-de-urna" e feita uma campanha explícita para a vitória do mesmo. Depois de diversos escândalos a própria emissora liderou o movimento de "impeachment". Move a política nacional até hoje e determina o poder público.
Brasil Urgente e afins: Atinge grande parte dos trabalhadores, público em sua grande parte masculino. O formato é sempre o mesmo: mostram tragédias chocantes, sempre há um helicóptero no ar na busca por flagrantes, e exploram vítimas potenciais através de um falso-moralista(vide Datena) cujo discurso segue a tendência auto-destrutiva: "ladrão têm que morrer", "cadeia neles" e etc.
Mais Você e semelhantes: Principais responsáveis pela "destruição em massa" de donas-de-casa. Ana Maria Braga virou um ícone de sofisticação "erudita", ou seja, passa a imagem de uma mulher sábia, e intelectual, que transmite mensagens motivacionais(?) que mais parecem frase de "biscoitos da sorte". Mistura diversos temas, desde fofocas sobre famosos até aulas de como dançar no mastro como uma prostituta(antes marginalizadas).
Progamas de fofoca: Um tipo que destrói qualquer capacidade de dicernimento cultural. Fundamentado em mostrar bastidores, e revelar gostos e peculiaridades de "artistas". Sensacionalista ao extremo e sem utilidade alguma. Não merece mais uma linha.
Reality Shows: O tipo mais preocupante. Atinge todo e qualquer público, afinal, a maioria da população está em casa durante a exibição desse tipo de programa. Totalmente manipulável, domina de forma abrupta as famílias. Existe no Brasil há quase dez anos e aparentemente não haverá interrupção tão cedo. A idéia de que aquilo é a "realidade" aguça a curiosidade, e é onde as pessoas enxergam uma as outras como "iguais". As ilhas de edições porém, criam personagens de maneira subliminar. O público se sente envolvido e responsável pelo andamento do programa, mas não faz a mínima idéia dos motivos que o leva a acompanhar algo tão falso e distorcido. Além disso, cria novos "artistas" do tipo Siri, Diego Alemão, Kléber Bam-Bam, Graziela Mazaferra(é isso?), e PEDRO BIAL.
Finais-de-semana
Programas de auditório: Esses dominam há mais de 20 anos. E a fórmula sempre foi a mesma. Lançam cantores, dão "oportunidade" a anônimos com alguma "habilidade" em especial, e claro, desvendam segredos de famosos. A disputa pela audiência é covarde, e para a conquista da mesma tudo é exibido. Mulheres semi-nuas são o cenário-vivo, ou servem para apresentar algum produto. Os anfitriões dão nova "vida" a pessoas de classe baixa, os levando para a cidade natal, reconstruindo casas e doando dinheiro se valendo de lágrimas e sofrimento de maneira sensacionalista. Faustão e Gugu são os ícones e já criaram jargões que estão na boca do público.
Fantástico: Na minha opinião o mais hipócrita. O programa-fantasia, carro-chefe da Rede Globo. Adota um formato ultra-moderno, com cenário e outrora apresentadores virtuais. É uma mistura que transmite pouca, ou nenhuma credibilidade. Em um momento é veiculada uma matéria investigativa, na sequência mostra um paraíso tropical onde milionários passam férias. Isso resume tudo sobre essa "revista eletrônica".
Finalizando. Levante-se de sua poltrona desligue o seu aparelho televisor, e simultaneamente destrua seu controle-remoto mental.
Assinar:
Postagens (Atom)