terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Quando choro.

Quando choro, eu sinto minha alma se desfragmentar. Pedaços de mim, perdidos em algum lugar. Em alguma situação, em algum momento. Efeitos, de uma causa ainda não descoberta. Da angústia que toma conta de mim.

Nada pode medir o peso de cada lágrima derramada. Nem a balança mais precisa, ou qualquer outro instrumento criado pelo homem. É como se eu estivesse preso numa armadilha, e a cada sutil movimento seja mais difícil de escapar.

Não sei quando isso vai acabar, não sei porquê, ou quando começou. Um drama que travo sozinho, em meus pensamentos e sentimentos. Sou meu próprio confidente, ninguém pode me ouvir, exceto Deus. Sempre presente. Aguardo meu julgamento.

Talvez seja um presságio, do meu fim. De como tudo irá acabar. Eu vejo milhares de faces, ouço dezenas de vozes. Ninguém me vê chorar, ninguém me ouve gritar. Não aprendi a confiar, nem a acreditar nas pessoas. As que tenho, são eternas e suficientes pra me manter ativo. Até que o relógio pare.

Vivo em constante busca sob meu papel, minha relevância. Caminho sozinho por um corredor de incertezas, dor e mágoas. Meu calor ainda não é intenso o bastante pra derreter as lágrimas congeladas na minha face.

Não tenho inspiração. Sou movido por tudo que enfraquece meu corpo e espírito. Pesadelos psicológicos. Longe de sonhar, distante do sono. Sufocado e abalado por circunstâncias que não se dissipam. Desejo um vento forte para desfazer a neblina e me fazer enxergar um caminho, livre.

Apenas mais uma noite não dormida. Só mais um relato, eternizado. Espero pelo amanhecer.

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