quinta-feira, 6 de março de 2008

Dez anos

Estou confuso... Onde isso começou, quando vai terminar? Devo ter esperanças? Não importa. Anos, semanas, dias, segundos. Irrelevante e desnecessário entender. Convivo com a mesma dor em diferentes datas, de diferentes maneiras.

Quanto mais eu devo aguentar? Vinte e um anos de vida e sinto como se tivesse percorrido o mesmo caminho escuro, tenebroso e incerto por diversas gerações.

Eu me pergunto, talvez num inerte e rápido surto... Onde estarei em dez anos? Como? Com quem? Da forma correta? Devo acreditar no futuro vivendo todos os dias da maneira mais dolorosa? A única forma que conheço.

Contraditório como sempre... Ainda carrego esperança, até que eu deixe de respirar. Não tenho certezas. Não sei se estou sendo julgado ou cumprindo pena. A Justiça não é do Homem. Minha alma implora por socorro, num beco de medo e loucura.

Me vejo numa bagunçada redoma, paranóica e muito, muito real. O filme é sempre o mesmo, porém ainda não enxergo o final. Um sonho inacabado. Não sei de quanto tempo mais precisarei pra descobrir e compreender as razões para eu estar aqui. Essa deve ser minha sentença.

Sou imperfeito, diferente e a cada dia mais humano, na minha concepção da palavra. Estou sucumbindo às armadilhas, ameaças e truques do ser-mundano.

Ezquizofrênico, vejo imagens de traição. Rompi a barreira do real e surreal. Verdadeiro desde o princípio afogado em fantasias e profecias. Sinto que mais cedo ou mais tarde serei traído por um confidente. Posso atrair tal hipótese, mas em contra-partida meu coração sempre foi certeiro.

Dez anos. Até lá meu discurso mudará e estarei pleno, seguro e certo; Apesar de todos os erros. Sobreviverei abraçado à minha fé. Traumas da existência serão regenerados.

Uma década.

Um comentário:

Mr. Tito disse...

Salve irmão,

Após ler o seu "desabafo",posso dizer que é sem palavras mesmo e jogo uma pergunta no ar.
Quantos de nós somos assim?
Um forte abraço,esteja em paz.