sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Auto-descoberta. Auto-conhecimento. Pra você, que não é capaz. Vou te mostrar a verdade em algumas linhas. Linhas imutáveis.

Sacramentado.

Profetizado, tudo vai piorar. Marionetes, bonecos de ventríloco, inúteis, peso-morto. Cópias, fraudes, rótulos ambulantes. Lembre-se, lixo.



Compras na Daslú, lavagem de dinheiro. Desprezo ao camelô, quem é falsificado? Cegamente, promovem e distribuem a desigualdade. Pagam o tour de verão dos filhos de políticos, empresários, multimilionários. Tiram a verba da educação e da saúde, dos desprovidos de sucesso capitalista. Que brincam na terra.

Degradam o meio-ambiente. Comem fast-food, produtos transgênicos. Improdutividade do solo, sem esmola pra agricultor, temem a reforma agrária. Viciam as crianças com o expurgo pútrido da televisão. Esqueçam a cultura, destruam os livros! E foda-se a história...

Stress, procurem um terapeuta. Enxerguem a própria fragilidade e falta de identidade. Tome mais um Prozac, filho-da-puta.

Escritórios encarpetados, móveis planejados, ar-condicionado. É seu habitat. Agora sinta o sol bater no esgoto, inale o odor promovido pelo seu descaso. Sinta o calor da telha Brasilit cozinhando uma criança, abafada em 5 metros quadrados.

Decrete a pena de morte! Condene os traficantes. Seu filho agora não mais irá cheirar, enquanto curte a Micareta, enquanto curte a balada. Interne-o numa clínica, ele sofre de carência afetiva. Desculpa inválida para menores em FEBENS, orfanatos. Eles não tem um pai pra buscar conselhos. Certo?

Vocês me enojam.

Sua igreja tortura. Sua igreja promove o preconceito. Sua igreja acoberta a pedofilia. Já diria seu padre no Faustão: "Erguei as mãos!". Isso é um assalto, roubaram sua alma.

Sua lágrima cai quando a tragédia é veiculada pela mídia. Sua lágrima cai numa eliminação do BBB. Sua lágrima cai no último capítulo da novela das oito. Emoções manipuláveis. E a nação continua genocida.

Eu trago as más notícias, sempre te manterei informado. Não me agradeça.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Retaliação

Quanto vale uma palavra verdadeira? Seja ela de ódio, de amor, de paixão, de coléra, de esperança, de rancor...?

A resposta está em você mesmo. Simplesmente em você. No que você é. É como se fosse um filtro psicológico, que separa o que lhe convém, e o que não lhe é (supostamente) útil.

Seguindo esse conceito que idealizei, sentemos. Puxe uma cadeira. Não tenha medo. Você, que me julga, que me julgou. Você, que me rotula. Você que tenta me limitar. Somos apenas nós! Fique à vontade. Quero apenas sua atenção, um breve momento a sós, viajando através dos caracteres.

Sinta.

Tenho plena consciência da minha imperfeição, dos meus defeitos. Dos meus erros. Sei quem sou, sei do meu processo evolutivo. O que me trouxe até aqui. A esse estágio. E onde você estava durante essa síntese? Divagando ao relento, como de costume. Perdeu a melhor parte do filme... não conhece o script! Na verdade ele é ilusório, é sua prisão mental. O confinamento do seu pobre pensamento.

Te apresento minha vida. Eu caí, eu apanhei, fui humilhado. Levantei, me recuperei, estou de pé.
Poucos me estenderam a mão. Uma pessoa me carregou quando eu desconhecia minha capacidade, enquanto eu brincava, inocentemente. Mãe, a lua que ilumina minha estrada.

Aprendi a diferenciar. Obrigado! Vejo a falsidade tatuada na alma de alguns. Sou verdadeiro por
essência, e por necessidade. As mentiras, alienadas as máscaras e cordas que as atrelavam não foram fortes o suficiente. Efeito contrário.

Olhe nos meus olhos.

Que meus pecados sejam perdoados, não renego nenhum deles. Minha cara está aqui, pode bater, não esquivarei. Que meus êxitos fiquem marcados, que sejam reconhecidos. Tardiamente, até. Mas isso não cabe a você. Não lhe serve.

Sou o espelho do seu interior. A visão do seu coração. Cada vez que fazes um julgamento, ele é
baseado em ti! Nos seus valores, sejam eles quais forem. Faça uma profunda auto-análise, enxergue-se. Desista de vestir em mim sua carapuça, de frustração, arrependimento e medo.

Interprete como quiser. Traga um exorcista, ou me dê asas para que eu possa finalmente, tocar o céu. A seu encargo.

Agora, levante-se e não olhe pra trás. Fim de papo. Eu agradeço pelo insight. E que isso jamais se repita.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

No Help



[Z-Ro]
Não venha me procurar, porque eu não preciso de
Outro amigo gordo, com um truque na manga
Agindo como se realmente fosse meu mano, mas ele tá atrás do meu dinheiro
Vocês me deixam sem ar, sai andando e me deixa respirar
Eu me lembro quando vocês não me chamavam pra queimar um baseado
Agora que eu tô rimando, você me vê e pede pra eu acender um
Imaginando que você poderia descolar um VIP e entrar na faixa
Mas Joseph McVey é compania o suficiente pra mim
Querem colar comigo pois estou colando com o alto escalão
Vocês não me queriam por perto quando eu estava por baixo
Eu com meus panos simples, e vocês de Louis Vatone
Rindo e apontando pro mano, tentando acabar com minha diversão
Por usar ''the millenium'', ou dinheiro por tonelada
Vocês não me ajudaram a ascender, eu o fiz por conta própria
Foda-se se você me mostrou amor, eu não te mostrei nada(vocês não precisam fazer isso)
Não cola em nenhum dos meus shows, ou não compra nenhuma das minhas fitas
Pois que porra eu deveria ajudar? Eu continuarei real
Quanto menos malucos me cercando, melhor eu me concentro
Quando eu te encarar de frente, ou abrir meu colete
Pode ser o dia da sua morte, vire-se pro seu lado
Não acertamos as contas, eu acho que é melhor você voltar atrás
Antes do cemitério, fique onde possa achar a si mesmo
Então dá no pé, e feche a porta depois de sair
Eu não preciso de amigos, eu não preciso de comédia
A única coisa que preciso é da ajuda do bom Deus
Tentando seguir em frente, mas filhos-da-puta gritem mais alto
Pois eu vou manter a real, eles vão se manter falsos
Cento e vinde dois por cento são reais comigo
Ao invés de manter os manos na espera, pegue o ferro comigo
Posso fazer maldade com intensidade, então me esfrio com calor(fodam-se todos vocês)


[Refrão]
Eu não preciso de ajuda parceiro, eu posso fazer merda sozinho
E eu não preciso de compania mina... pára de ligar no meu celular
Quando eu estava na pior ninguém colava comigo
Eu não sou ninguém, até que eu possa brilhar
Então enquanto meu dinheiro durar eu não preciso da compania de ninguém
Me deixe só, como você fez da última vez

[Trae]
Eu sou um Asshole, e eu não quero parecer rude
Mas eu não me importo com nenhum de vocês
Vocês tentaram odiar um mano resistente, há um tempo atrás
Pra começar, fodam-se cada um de vocês
Eu serei solitário por opção, sozinho com minha cromada
Esse filhos-da-puta brincam, a vida é tão falsa
Eu espio o jogo para o T(Texas)
Porque eu não quero que ninguém capture um mano dormindo na avenida
E por outro lado, só para fazer a situação piorar
Eu sinto, eles querem me colocar na cova.
E eu não estou pronto para partir, estou com as minhas costas direcionadas contra a parede
Com uma 9mm, prestes a abrir fogo
Aquele mesmo e velho esquema, com um amigo ou um inimigo
Empacote as suas merdas e saia já pela porta
Não têm jeito, vocês putos querem fazer parte da minha vida
ABN é tudo o que eu sei
Você pode tentar o que quiser, mas eu não vou falhar
Olha pra mim agora e pra toda merda que eu vendi
Meu som ecoa dos porta-malas de costa-a-costa
E pra todos que duvidaram disso, vão pro inferno
As vezes estou certo, as vezes errado
E eu quero que se foda, pois estou no meu lugar
E esse ódio que você sente só serve pra manter o mano forte
Então eu gosto desse sentimento quando deixo vocês sozinhos

[Refrão]

[Trae]
Vocês devem pensar que eu me esqueci de quando estava na merda
Falido, todos riam pra caramba
Agora que o jogo virou eu vejo a fraude
E você sabe que vê o Trae prestes a explodir com tudo
Porque eu não acredito em vocês
Me dá 50 passos antes de eu apavorar vocês
Sai de perto pra eu não foder contigo
Pra ser sincero eu sou alérgico ao seu tipo
Asshole pra vida, até o mano voar
Maluco não pára é melhor você vazar
E pras vadias, parem de ligar no meu celular
A única coisa que vocês sabem fazer é mentir

[Z-Ro]
Porque vocês todos querem roubar.. querem furtar, isso não é real
Eu nem vou dar muita atenção a vocês, pois não conseguirão me matar
Estou farto de ver tanto sangue no campo de batalha
E mesmo que eu esteja cansado, ainda continuo subindo a escada
As palavras de ninguém irão me ferir, mesmo que me façam de sobremesa
Continuarei escavando e bebendo um drink quando estiver com sede
Os filhos-da-puta não merecem estar em minha posição
Então aparecem com uns papos afeminados, nem sequer me incomodam
Eu sou um Gangsta, não preciso de nenhum maluco me classificando
Se estou em perigo, não preciso de ninguém para me salvar
Constantemente perdendo a calma, como faz meu parceiro Trae
Eu vou cuidar dos meus negócios, ninguém fará isso por mim

[Refrão - 2X]

Tradução: Realest e Luis $trol

Quando choro.

Quando choro, eu sinto minha alma se desfragmentar. Pedaços de mim, perdidos em algum lugar. Em alguma situação, em algum momento. Efeitos, de uma causa ainda não descoberta. Da angústia que toma conta de mim.

Nada pode medir o peso de cada lágrima derramada. Nem a balança mais precisa, ou qualquer outro instrumento criado pelo homem. É como se eu estivesse preso numa armadilha, e a cada sutil movimento seja mais difícil de escapar.

Não sei quando isso vai acabar, não sei porquê, ou quando começou. Um drama que travo sozinho, em meus pensamentos e sentimentos. Sou meu próprio confidente, ninguém pode me ouvir, exceto Deus. Sempre presente. Aguardo meu julgamento.

Talvez seja um presságio, do meu fim. De como tudo irá acabar. Eu vejo milhares de faces, ouço dezenas de vozes. Ninguém me vê chorar, ninguém me ouve gritar. Não aprendi a confiar, nem a acreditar nas pessoas. As que tenho, são eternas e suficientes pra me manter ativo. Até que o relógio pare.

Vivo em constante busca sob meu papel, minha relevância. Caminho sozinho por um corredor de incertezas, dor e mágoas. Meu calor ainda não é intenso o bastante pra derreter as lágrimas congeladas na minha face.

Não tenho inspiração. Sou movido por tudo que enfraquece meu corpo e espírito. Pesadelos psicológicos. Longe de sonhar, distante do sono. Sufocado e abalado por circunstâncias que não se dissipam. Desejo um vento forte para desfazer a neblina e me fazer enxergar um caminho, livre.

Apenas mais uma noite não dormida. Só mais um relato, eternizado. Espero pelo amanhecer.

Desprogramando

Falarei nessa feita, da variedade proporcionada pelas emissoras televisivas e o que veiculam.

Porém, se torna uma tarefa árdua e "injusta" a escolha de um programa ou atração específica para se assistir(ou comentar, no caso), portanto, farei uma breve síntese de alguns dos cânceres televisivos:

Dias úteis

Novelas: Qualquer uma, de qualquer emissora. Fruto mais antigo e talvez o mais atenuante para a alienação em massa. Graças a elas foram criados estereótipos dos mais diversos tipos: ricos entediados, mulheres burras e gostosas, uma negra doméstica, etc. Corrói e adota a libertinagem como causa. Tenta maquiar preconceitos arraigados na sociedade como homossexualismo, raça, e claro diferenças sócio-econômicas. Apresenta a mesma fórmula desde sua criação, e de alguma forma tudo sempre acaba "bem". O que convenhamos, é um desvirtuamento grotesco em relação a realidade do nosso povo.

Malhação: Segue os mesmos padrões noveleiros. A diferença é a periodicidade. Essa merda está no ar há mais de uma década sem interrupção, e atinge o público que supostamente teria capacidade de intervenção futura: jovens de classe média/alta. Porém, e infelizmente atinge com muita força as classes mais baixas. Dita o que adolescentes devem ouvir, vestir, e como devem agir. "O clima é de azaração", essa é a frase da chamada. São criados romances impossíveis e o enredo é baseado em um casal. Cria padrões fúteis e destrói movimentos culturais "independentes".

Jornal Nacional: Tornou-se o telejornal de maior credibilidade do Brasil. "Apareceu no Jornal Nacional, é verdade." Através desse pensamento a Rede Globo manipulou as eleições presidenciais que levaram Collor ao poder. Na época, foram mostrados números falsos de pesquisas "boca-de-urna" e feita uma campanha explícita para a vitória do mesmo. Depois de diversos escândalos a própria emissora liderou o movimento de "impeachment". Move a política nacional até hoje e determina o poder público.

Brasil Urgente e afins: Atinge grande parte dos trabalhadores, público em sua grande parte masculino. O formato é sempre o mesmo: mostram tragédias chocantes, sempre há um helicóptero no ar na busca por flagrantes, e exploram vítimas potenciais através de um falso-moralista(vide Datena) cujo discurso segue a tendência auto-destrutiva: "ladrão têm que morrer", "cadeia neles" e etc.

Mais Você e semelhantes: Principais responsáveis pela "destruição em massa" de donas-de-casa. Ana Maria Braga virou um ícone de sofisticação "erudita", ou seja, passa a imagem de uma mulher sábia, e intelectual, que transmite mensagens motivacionais(?) que mais parecem frase de "biscoitos da sorte". Mistura diversos temas, desde fofocas sobre famosos até aulas de como dançar no mastro como uma prostituta(antes marginalizadas).

Progamas de fofoca: Um tipo que destrói qualquer capacidade de dicernimento cultural. Fundamentado em mostrar bastidores, e revelar gostos e peculiaridades de "artistas". Sensacionalista ao extremo e sem utilidade alguma. Não merece mais uma linha.

Reality Shows: O tipo mais preocupante. Atinge todo e qualquer público, afinal, a maioria da população está em casa durante a exibição desse tipo de programa. Totalmente manipulável, domina de forma abrupta as famílias. Existe no Brasil há quase dez anos e aparentemente não haverá interrupção tão cedo. A idéia de que aquilo é a "realidade" aguça a curiosidade, e é onde as pessoas enxergam uma as outras como "iguais". As ilhas de edições porém, criam personagens de maneira subliminar. O público se sente envolvido e responsável pelo andamento do programa, mas não faz a mínima idéia dos motivos que o leva a acompanhar algo tão falso e distorcido. Além disso, cria novos "artistas" do tipo Siri, Diego Alemão, Kléber Bam-Bam, Graziela Mazaferra(é isso?), e PEDRO BIAL.


Finais-de-semana

Programas de auditório: Esses dominam há mais de 20 anos. E a fórmula sempre foi a mesma. Lançam cantores, dão "oportunidade" a anônimos com alguma "habilidade" em especial, e claro, desvendam segredos de famosos. A disputa pela audiência é covarde, e para a conquista da mesma tudo é exibido. Mulheres semi-nuas são o cenário-vivo, ou servem para apresentar algum produto. Os anfitriões dão nova "vida" a pessoas de classe baixa, os levando para a cidade natal, reconstruindo casas e doando dinheiro se valendo de lágrimas e sofrimento de maneira sensacionalista. Faustão e Gugu são os ícones e já criaram jargões que estão na boca do público.

Fantástico: Na minha opinião o mais hipócrita. O programa-fantasia, carro-chefe da Rede Globo. Adota um formato ultra-moderno, com cenário e outrora apresentadores virtuais. É uma mistura que transmite pouca, ou nenhuma credibilidade. Em um momento é veiculada uma matéria investigativa, na sequência mostra um paraíso tropical onde milionários passam férias. Isso resume tudo sobre essa "revista eletrônica".

Finalizando. Levante-se de sua poltrona desligue o seu aparelho televisor, e simultaneamente destrua seu controle-remoto mental.
Não há apresentação.

Não há script.

Não há periodicidade.

Serão publicados puros, sós e simplesmente diversos Fragmentos da minha Mentalidade. Algumas de minhas idéias, pensamentos, gostos e valores.

Corretos ou não...